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segunda-feira, 10 de dezembro de 2012

Roupas Brancas

         Por que usamos a roupa branca ?

    Dentre os princípios da Umbanda, um dos elementos de grande significância e fundamento, é o uso da vestimenta branca. em 16 de novembro de 1908, data da anunciação da Umbanda no plano físico e também ocasião em que foi fundado o primeiro templo de Umbanda, a Tenda Espírita Nossa Senhora da Piedade, o espírito Caboclo das Sete Encruzilhadas, entidade anunciadora da nova religião, ao fixar as bases e diretrizes do segmento religioso, expôs, dentre outras coisas, que todos os sacerdotes (médiuns) utilizariam roupas brancas.
    O próprio Cristo, Jesus, ao tempo de sua missão terrena, utilizava túnicas de tecidos branco nas peregrinações e pregações que fazia.
    Nas guerras, quando os adversários, oprimidos pelo cansaço e perdas humanas, se despojavam de comportamentos irracionais e manifestavam sincera intenção de encerrarem a contenda, o que faziam? Desfraldavam bandeiras brancas!
    O que falar então do vestuário dos profissionais das diversas áreas da saúde. Médicos, enfermeiros, dentistas etc, todos se utilizando de roupas brancas para suas atividades. Por quê? Porque roupa branca transmite a sensação de assepsia, calma, paz espiritual, serenidade e outros valores de elevada estirpe.
    Se não bastasse tudo o que foi dito até agora, vamos encontrar a razão científica do uso da cor branca na Umbanda através das pesquisas se Isaac Newton, através do que hoje conhecemos como "Disco de Newton".
    Este grande cientista do século XVII provou que a cor branca contém dentro de si todas as demais cores existentes.
    Portanto, a cor branca tem sua razão de ser na Umbanda, pois temos que lembrar que a religião que abraçamos é capitaneada pela energia dos Orixás, sendo que Oxalá, que tem a cor branca como representação, supervisiona os Orixás restantes. Assim como a cor branca contém dentro de si todas as demais cores, a Irradiação de Oxalá contém dentro de sua estrutura cósmico-astral todas as demais irradiações (Oxossí, Oxum, Ogum, etc).
    A Implantação desta cor em nossa religião, não foi fruto de opção aleatória, mas sim pautada em seguro e inequívoco conhecimento de quem teve a missão de anunciar a Umbanda.

Lembrando que todo terreiro de Umbanda usa roupas brancas. Roupas pretas e vermelhas apenas nas giras de esquerda, em dias de EXU e POMBO GIRAS.


SALVE A UMBANDA

Fonte:http://sramary.blogspot.com.br/
 Foto: Bruno Gonzalez 
 

terça-feira, 4 de dezembro de 2012

Insubstituível

Por : Rodrigo Queiroz

"É comum que depois de algum tempo que uma pessoa está num terreiro,, mesmo que em pleno desenvolvimento mediúnico, ela pense que é insubstituível. Isso é comum. o Indivíduo tem a sensação clara de que se deixar o terreiro, o mesmo não sobreviverá, não conseguirá dar continuidade aos atendimentos e/ou coisa parecida. Ele começa a se achar vitima do sacerdote, dos médiuns mais antigos, dos seus irmãos de fé a até da consulência. Ele começa a ter um desejo inconsciente de "punir o terreiro" através da sua saída, pois ela terá a certeza que todos virão de joelhos implorar a sua volta.

Sei de pessoas que ficaram totalmente decepcionadas e mesmo depressivas ao verem que o terreiro em que eram membros sobreviveu à sua saída e que alguns meses depois nem se lembravam mais dela. Geralmente essas pessoas começam a falar mal do terreiro, do sacerdote e até mesmo inventam boatos dizendo que o terreiro está com problemas espirituais, administrativos, de moralidade ou outros quaisquer e por isso ela o deixou.

Conheço pessoas que ao deixar seus terreiros comentaram ter absoluta certeza de que seus "ex-sacerdotes" viriam correndo oferecer um "cargo" ou alguma regalia para que voltassem. Um homem que conheci, não aceitou o convite de frequentar a corrente mediúnica de outro terreiro dizendo estar aguardando o telefonema do sacerdote pedindo sua volta. Eles não conseguirão sobreviver sem mim, afirmou ele.

Meses depois, ele não frequentava nenhum lugar ainda, outros do tipo abrem seus próprios terreiros...

Quero deixar claro que esse sentimento de ser insubstituível é naturam em muitas pessoas, pois elas realmente são pessoas-chave para os terreiros em que frequentam. De fato seus sacerdotes sentirão muito sua saída. De fatos elas farão falta. Mas cuidado para não cair nessa armadilha.

Da mesma forma e com a mesma gravidade, conheço sacerdotes que acreditam que os médiuns e membros do terreiro jamais deixarão sua corrente mediúnica e dizem " ele não encontrará terreiro igual a este" ou ainda "ninguém o aceitará e ele voltará de joelhos pedindo para ser aceito".

Os dois lados se enganam. A verdade é que nem membros, nem sacerdotes são insubstituíveis e é preciso ter muita humildade, calma, paciência e, principalmente, muito equilíbrio para entender essa verdade.

Reflita sobre isso!"


Compartilhei este texto, pois além dele abordar um assunto muito comum nos terreiros, é de uma linguagem de fácil entendimento.
Infelizmente esse tipo de comportamento é muito comum entre médiuns, porém vejam só, dizemos comum e não correto. É com grande tristeza que trato de um tema como este, pois este tipo de sentimento, fere um dos maiores princípios da Umbanda, a Humildade, além é claro da Caridade, na qual nos damos e doamos, sem olhar a quem e sem esperar algo em troca, nesse caso, o que essas pessoas esperam são os elogios e reconhecimento, mas um reconhecimento escancarado para que todos possa ver e saber quem aquele médium é.
Não basta a sua paz espiritual, e a certeza de que está em caminhos correto, no qual sua missão com a espiritualidade esta sedo cumprida, esses médiuns esperam sempre mais, querem ser usados em exemplos, desde que o assunto os engrandeçam, querem estar sempre ao lado dos sacerdotes, pra quando for preciso ostentar o seu lugar.
Então eu pergunto: e a espiritualidade? e o compromisso ? e a fé? se perderam em meio a tanto orgulho?
Pois bem , eis ai um dos maiores vilões da humanidade, o Orgulho, não nego que ele tenha um lado positivo , mas em sua maioria causa transtorna e transforma as pessoas em seres rancoroso e de puco visão para o mundo.
É assim , que em sua infinita sabedoria, nossa Pai Maior, mais uma vez nos mostra nossas fraquezas, para que possamos aprender a supera-las, é através de nossas próprias atitude que nos "contagiamos" com falsos e ruins pensamento e acabamos caindo nas armadilhas daqueles que são contrários a caridade umbandista.
Dessa maneira devemos nos lembrar sempre de : Orar e Vigiar, nossos pensamentos e atitudes, nossa atos e nossas falas, para que possamos sempre estar com a bondade, a caridade e a humildade em nossos pensamente. A Umbanda se torna apenas UM, todos se unem em prol de uma mesma missão, todos com sua importância e obrigações, todos irmãos de uma mesma Fé.

Que Nossa Pai Oxalá nos abençoe hoje e sempre !

Salve a Umbanda

sexta-feira, 23 de novembro de 2012

UMA VISÃO DIFERENTE SOBRE DEUS




   Em "O Livro dos Espíritos", questão nº 1, Allan Kardec, indaga aos Espíritos:
  "Que é Deus?" Eles responderam: "Deus é a inteligência suprema, cauda primária de todas as coisas".

   Em pesquisa publicada pela Revista Veja (edição 10489) revelou-se que 99% da população brasileira acredita em Deus.

   Tal verdade causa certa estranheza. Como os adúlteros, os assassinos, os assaltantes, os desonestos, os egoístas, os maledicentes, os mentirosos, os prepotentes, os violentos, os agressivos, todos os que se comprometem om o mal, constituem mais de um por cento da população, chegamos à conclusão de que essa gente toda é o que é, não obstante acreditem em Deus.

   Em sua epístola universal, o apóstolo Tiago (2, 19) diz que o diabo (o Espírito mau) também crê em Deus, e até o teme. Nem por isso deixa de fazer diabruras.

   Mesmo convicto de que o demônio não existe como ente personificado, é fácil entender o porquê desta contradição. A presença de Deus no Universo é algo muito vago para o homem comum, às voltas com seus problemas e interesses.

   A própria Justiça Divina, tão decantada pelas religiões, não impressiona suficientemente, a ponto de conter seus impulsos desajustados.

   É como um motorista que tem conhecimento da existência de um código de trânsito. Sabe que há multas pesadas para os infratores, mas não se sensibiliza. A fiscalização é precária, distante.

   Ao longo da história tem acontecido coisa pior. Nas cruzadas, em nome de Deus, os cristãos da Europa dizimaram populações imensas, com a piedosa intenção de libertar o solo sagrado da Palestina.

   Devemos isso às religiões, que quase sempre cultivam concepções antropomórficas de Deus.

   Um Deus à imagem e semelhança do homem, como um soberano celeste a governar o universo, com algo das paixões e limitações que caracterizam o comportamento humano,

   Um Deus tão impotente e limitado que, em determinado momento, como está na Bíblia, arrependeu-se de ter criado o homem e até pensou em acabar com a raça humana.

   Deus está morto - proclamou o filósofo Nietzche.

   Referia-se ao deus pessoal, antropomórfico, o soberano celeste distante e inacessível.

   Por isso as pessoas acreditam em Deus - é intrínseco no homem o sentimento do filho que intuitivamente admite a existência do pai que o gerou - mas não conseguem viver com seus filhos. Falta-lhes esclarecimento e motivação, totalmente ausente nas fantasias que lhes são oferecidas. Em face dessa precariedade de idéias, muitos se desesperam e perdem a fé na Providência Divina, ao enfrentar tragédias pessoais que envolvem a morte de familiares, a doença, a perda dos bens materiais, as injustiças humanas etc.

   Onde está deus, que não nos atende? Que não satisfaz nossas necessidades? Que não resolve os nosso problemas? - perguntam esses crentes desiludidos.

   Deus não é soberano celeste, distante, inacessível, que tem preferências, insensível às dores humanas.

   Deus é a mente criadora, a inteligência cósmica que criou o Universo e sustenta a vida, preparando todos os seus filhos para uma gloriosa destinação.

   Num ato de amor, criou-nos à sua imagem e semelhança, dotando - nos do poder criador, que está presente em nossas iniciativas e se realizam em nossas ações. Somos, por isso, senhores de nosso destino.

   Todo o bem ou mal que nos atinja será sempre a consequência do bem ou mal que houvermos praticado.

   O confrade Sílvio de Melo, já desencarnado, costumava dizer que, se o malandro soubesse como é importante ser bom em favor da própria felicidade, ele seria bom por malandragem.

   Certíssimo! A suprema esperteza está em praticar o Bem, já que é da lei que colhamos todo o bem que semearmos, tanto quanto o mal voltará contra nós quando o exercitarmos. E isso tudo ocorre no presente, não num futuro distante, remoto, na  via espiritual, nem etéreo tribunal. O julgamento é instantâneo e permanente.

   Somos julgados por nossas ações a cada momento, em cada iniciativa, em cada pensamento cultivado, colhendo sempre, inelutavelmente, o bem ou o mal viver, de conformidade com o que fazemos.

   É fácil constar isso. Experimentemos, durante todo um dia, sem vacilar, o cultivo de bons pensamentos em nosso mundo íntimo, de bons sentimentos diante das situações, de boas ações diante do semelhante. Por vinte e quatro  horas proponhamos-nos a superar os interesses imediatistas, a ajudar a quem precisa, a colaborar com o colega de trabalho, a respeitar as pessoas, a não falar mal de alguém, a ajudar o próximo, a perdoar ofensas...

   Durante mil, quatrocentos e quarenta minutos, comportemo-nos como filhos verdadeiros de Deus, o Pai de infinito amor e misericórdia que, como ensina Jesus, faz nascer o sol para bons e maus e descer a chuva sobre os justos e injustos.

   Passemos um dia assim e, à noite, na hora de dormir, experimentaremos abençoada tranquilidade e dormiremos o sono dos justos. Será tão com que desejaremos agir assim em todos os dias de nossa vida.

   Pensemos nisso e sejamos responsáveis por né mesmos para sermos felizes.

Por Edo Mariani
 





quinta-feira, 22 de novembro de 2012

De tudo, Um pouco...

QUE VOCÊ TENHA DE TUDO UM POUCO...

SENSIBILIDADE
Pra não ficar indiferente diante das belezas da vida.


CORAGEM
Para colocar a timidez de lado e poder realizar o que tem vontade.


SOLIDARIEDADE
Para não ficar neutro diante do sofrimento da humanidade.


BONDADE
Para não desviar os olhos de quem te pede uma ajuda.


TRANQUILIDADE
Para quando chegar ao fim do dia, poder deitar e dormir o sono dos anjos.


ALEGRIA
Para você distribuí-la, colocando um sorriso no rosto de alguém.


HUMILDADE
Para você reconhecer aquilo que você não é.


AMOR PRÓPRIO
Para você perceber suas qualidades e gostar do que vê por dentro.



Para te guiar, te sustentar e te manter em pé.


SINCERIDADE
Para você ser verdadeiro, gostar de você mesmo e viver melhor.



FELICIDADE
Para você descobri-la dentro de você e doá-la a quem precisar.


AMIZADE
Para você descobrir que, quem tem um amigo, tem um tesouro.


ESPERANÇA
Para fazer você acreditar na vida e se sentir uma eterna criança.


SABEDORIA
Para entender que só o Bem existe, o resto é ilusão.


DESEJOS
Para alimentar o seu corpo, dando prazer ao seu espírito.


SONHOS
Para poder, todos os dias, alimentar a sua alma.


AMOR






Para você ter alguém para amar e sentir-se amado.














    Para você desejar tocar uma estrela, sorrir pra lua.









Sentir que a vida é bela, andando pela rua.









Para você descobrir que existe um sol dentro de você.








Para você se sentir feliz a cada amanhecer e saber que o
Amor é a Razão Maior... para viver.








Mas se você não tiver um amor, que nunca deixe morrer em você, a procura... 
O desejo de o encontrar



           
Tenha de Tudo um Pouco e 
Seja Imensamente Feliz 



Axé a Todos

terça-feira, 20 de novembro de 2012

PAI NOSSO

"Li esta oração de Pai Nosso, no perfil de um amigo e irmão de Fé, Denis de Lima Sant'Ana, e senti uma energia tão grande ao ler, uma vibração tão doce, senti que deveria compartilhar"



Pai Nosso que estais no céu,
na terra, em todos os mundo espirituais.

Santificado e Bendito seja sempre Vosso Nome,
mesmo quando a dor e a desilusão ferirem nosso coração.
Bendito Sejas.

O pão nosso de cada dia, dai-nos hoje.
Pai, dai-nos o pão que revigora as forças físicas,
mas dai-nos também o pão para o espírito.

Perdoai as nossas ofensas,
mas ensinai-nos antes a merecer Vosso perdão,
perdoando aqueles aqueles que tripudiam sobre nossas dores,
espezinham nossos corações e destroem nossas ilusões.
Que possamos perdoá-los,
não com os lábios e sim com o coração.
Afastai de nosso caminho todo o sentimento contrario a caridade.

Que este Pai Nosso seja dadivoso 
para todos aqueles que sofrem como 
espíritos encarnados e desencarnados.

Que uma partícula deste Pai Nosso
vá até os cárceres onde alguns merecidamente,
mas outros pelo erro judiciário.
Que vá até os hospícios iluminando os cérebros conturbados
que ali se encontram.
Que vá até os hospitais, onde muitos choram
e sofrem sem o consolo da palavra amiga.
Que vá a todos aqueles que neste momento transpõem o pórtico 
da vida terrena para a espiritual, 
para que tenham um guia e o Vosso Perdão.
Que este Pai Nosso vá até os lupanares 
e erga as pobres e infelizes criaturas
que para ai foram tangidas pela fome,
dando-lhes apoio e fé.
Que vá até o seio da Terra onde o mineiro 
está exposto ao fogo do grisu e que ele,
findo o dia, possa voltar ao seio de sua família.
Que este Pai Nosso vá até os dirigentes das nações
para que evitem a guerra e cultivem a paz.

Tende piedade dos órfãos e viúvas.
Daqueles que até esta hora não
tiveram uma códea de pão.

Tende compaixão dos navegadores dos ares.
Dos que lutam com os vendavais no meio do mar bravio.

Tende piedade da mulher que abre os olhos do der à vida.

E que a Paz e a Harmonia do Bem fiquem entre nós e 
estejam com todos

Amém 


quarta-feira, 7 de novembro de 2012

Não tenho vergonha de dizer Eu sou Umbandista!




Texto de Etiene Sales

Eu sou Umbandista...Mas o que é isso? O que é ser Umbandista?
É não ter  vergonha de dizer: "Eu sou Umbandista".
É não ter vergonha de ser identificado como Umbandista.
É se dar, acima de tudo, a um trabalho espiritual.
É saber que um terreiro, um centro, uma casa de Umbanda é um local espiritual e não a Religião de Umbanda em seu todo, mas todos os terreiros, centros e casas de Umbanda, representam a Religião de Umbanda.
É saber respeitar para ser respeitado, é saber amar para ser amado, é saber ouvir para ser escutado, é saber dar um pouco de si para receber um pouco de Deus dentro de si.
É saber que a Umbanda não faz milagres, quem os faz é Deus e quem os recebe os mereceu.
É saber que uma casa de Umbanda não vende nem dá salvação, mas oferece ajuda aos que querem encontrar um caminho.
É ter respeito por sua casa, por seu sacerdote e pela Religião de Umbanda como um todo: irmandade.
É saber conversar com seu sacerdote e retirar suas dúvidas.
É saber que nem sempre estamos preparados. Que são necessários sacrifícios, tempo de dedicação para o sacerdócio.
É entrar em um terreiro sem ter hora pra sair ou sair do terreiro após o ultimo consulente ser atendido.
É mesmo sem fumar e beber dar liberdade aos meus guias para que eles utilizem esses materiais para ajudar ao próximo, confiando que me deixem sempre bem após as sessões.
Á dar ao meu Orixá para que ele me possua com sua força e me deixe um dessa força para que eu possa viver meu dia-a-dia numa luta constante em benefício dos que precisam de auxílio espiritual.
É sofrer por não negar o que sou e ser o que sou com dignidade, com amor e dedicação.
É ser chamado de atrasado, de sujo, de ignorante, conservador, alienígena, louco. E ainda assim amar minha religião e defendê-la com todo o carinho e amor que ela merece.
É ser ofendido físico, espiritual e moralmente, mas mesmo assim continuar amando minha Umbanda.
É ser chamado de adorador do diabo, de satanás, de servo dos encostos e mesmo assim levantar a cabeça, sorrir e seguir com dignidade.
É ser Umbandista e pedindo sempre a Zambi para que eu nunca esteja Umbandista.
É acreditar, mesmo nos piores momentos, com a pior das doenças, estando um caco espiritual e material, que os Orixás e os guias, mesmo que não possam nos tirar dessas situações, estarão ali, ao nosso lado, momento a momento nos dando forças e coragem; ser Umbandista é acima de tudo acreditar nos Orixás e nos guias, pois eles representam a essência e a pureza de Deus.
É dizer sim, onde os outros dizem não!
É saber respeitar o que o outro faz como Umbanda, mesmo que seja diferente da nossa, mas sabendo que existe um propósito no que ambos estão fazendo.
É vestir o branco sem vaidade.
É alguém que você nunca viu te agradecer porque um de seus guias a ajudou e não ter orgulho.
É colocar guias e sentir o peso de uma responsabilidade onde muitos possam ver ostentação.
É chorar, sorrir, respirar e viver dentro de uma religião sem querer nada em troca.
É ter vergonha de pedir aos Orixás por você, mas não ter vergonha de pedir pelos outros.
É não ter  vergonha de levar uma oferenda em uma praia ou mata, nem ter vergonha de exercer nossa religiosidade diante dos outros.
É estar sempre pronto para servir a espiritualidade, seja no terreiro, seja numa encruza, seja na calunga, seja no cemitério, seja na macaia, seja nos caminhos. Seja em qualquer lugar onde nosso trabalho seja necessário.
É se alegrar por saber que a Umbanda é uma religião maravilhosa, mas também sofrer porque os Umbandistas são tão preconceituosos uns com os outros.
É ficar incorporado 5,6 horas em cada uma das giras, sentindo seu corpo moído e ao mesmo tempo sentir satisfação e o bem estar por mais um dia de trabalho.
É sentir a força do zoar dos atabaques, sua vibração, sua importância, sua ação, sua força dentro de uma gira e no trabalho espiritual.
É arriar a oferenda para o Orixá e receber seu Axé.
É ver um consulente entrar no terreiro chorando e vê-lo mais tarde sair do terreiro sorrindo.
É ter esperança que um dia, nós Umbandistas, acharemos a receita do respeito mútuo.
É ser Umbandista mesmo que os outros digam que o que você faz, sua prática, sua fé, sua doutrina, seu acreditar, sua dedicação, seu suor, suas lágrimas e sacrifício, não sejam Umbanda.
É saber que existe vaidade mesmo quando alguém diz que não tem vaidade: vaidade de não ter vaidade.
É saber o que significa a Umbanda não para você, mas para todos.
É saber que as palavras somente, não bastam. Deve haver atitudes junto com as palavras: falar e fazer, pensar e ser, ser e nunca estar.
É saber que a Umbanda não vê cor, não vê raça, não vê status, não vê poder econômico, não vê credo. Só vê ajuda, caridade, luta, justiça, cura, lágrima... e bom, mal e bem... Os problemas, as necessidades e a ajuda para solucionar os problemas de quem a procura.
É saber que  Umbanda é livre, não tem dono, não tem Papa, mas está aí para ajudar e servir a todos que a procuram.
É saber que você não escolheu a Umbanda, mas que a Umbanda escolheu você.
É amar com todas as suas forças essa Religião maravilhosa chamada UMBANDA.


SALVE NOSSA QUERIDA UMBANDA!