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quinta-feira, 30 de agosto de 2012


“O Senhor Supremo de Todos os Mundos
E de Todos os Seres,
Recebe, Senhor,
O nosso agradecimento
De filhos devedores do teu amor!
Dá-nos tua bênção.

Ampara-nos a esperança,
Ajuda-nos o ideal
Na estrada Imensa da vida...
Seja para o teu coração,
Cada dia,
Nosso primeiro pensamento de amor!
Seja para tua bondade
Nossa alegria de viver!...

Pai de amor infinito
Dá-nos tua mão generosa e santa.
Longo é o caminho.
Grande o nosso débito,
Mas inesgotável é a nossa esperança.





Pai Amado,
Somos as tuas criaturas,
Raios divinos
De tua Divina inteligência.
Ensina-nos a descobrir
Os tesouros imensos
Que guardaste
Nas profundezas de nossa vida,
Auxilia-nos a acender
A lâmpada sublime
Da Sublime Procura!
Senhor,
Caminhamos contigo
Na eternidade!...







Em Ti nos movemos para sempre.
Abençoa-nos a senda,
Indica-nos a Sagrada Realização.
E que a glória eterna
Seja em teu eterno trono!...
Resplandeça contigo a Infinita Luz,
Mane em teu coração misericordioso
A Soberana Fonte do Amor,
Cante em tua Criação Infinita
O sopro divino da eternidade.

Seja a tua bênção
Claridade aos nossos olhos,
Harmonia ao nosso ouvido,
Movimento às nossas mãos,
Impulso aos nossos pés.
No amor sublime da Terra e dos Céus!...
Na beleza de todas as vidas,
Na progressão de todas as coisas,
Na voz de todos os seres,
Glorificado sejas para sempre,
Senhor.”

Francisco Cândido Xavier - Os Mensageiros - pelo Espírito André Luiz 

quinta-feira, 23 de agosto de 2012

NA MEDIUNIDADE

        

        Não é a mediunidade que te distingue.
      É aquilo que fazes dela.
      A ação do Instrumento varia conforme a atitude do servidor.
      A produção revela o operário.
      A pena mostra a alma de quem escreve.
      O patrimônio cainha no rumo que o mordomo dirige.

                                               *

      O lavrador tem a enxada, entretanto...
      Se preguiçoso, cede asilo à ferrugem.
      Se delinquente, empresta-lhe o corte à sugestão do crime.
      Se prestativo e diligente, ergue, ditoso, o berço de flor e pão.
      O legislador guarda o poder; contudo, através dele...
      Se irresponsável, estimula a desordem.
      Se desonesto, incentiva a pilhagem.
      Se consciente e abnegado, é fundamento vivo à cultura e ao progresso.
      O artista dispõe de mais amplos recursos da inteligência; todavia, com eles...
      Se desequilibrado, favorece a loucura.
      Se corrompido, estende a viciação.
      Se enobrecido e generoso, surgirá sempre como esteio à, virtude.
      Urge reconhecer, no entanto que acerca das qualidades e possibilidades do lavrador, do legislador e do artista, na concessão do mandato que lhes é confiado, apenas a Lei Divina cabe julgar.
      Todos nós, porém, de imediato, conseguimos classificar-lhes a influência pelos males ou bens que espalhem.
                                              
                                                *

      Assim também na mediunidade.
      Seja qual for o talento que te enriquece, busca primeiro o bem, na convicção que o bem, a favor do próximo, é o bem irrepreensível que podemos fazer.
      Desse modo, ainda mesmo te sintas imperfeito e desajustado, infeliz ou doente, utiliza a força medianímica de que a vida te envolve, ajudando e educando, amparando e servindo, no auxilio aos semelhantes, porque o bem que fizeres retornará dos outros ao teu próprio caminho, como benção de Deus e a brilhar sobre ti.


Livro Seara dos Médiuns
Chico Xavier - pelo Espírito Emmanuel.

Reunião pública de 12/2/60
Questão nº 226 - Paragrafo 1°


terça-feira, 14 de agosto de 2012

Magia do som e do movimento


     A música foi feita para as pessoas se amarem. O som mexe nossos sentimentos. E também fazia parte da cultura dos índios. É um mântra. Mas não é só isso. O som repercute no éter. Ele vibra. A fala mansa domina e a fala grosseira irrita. Ele tem um equilíbrio, regulando nossas emoções. Quando ouvimos uma música forte, sentimos força interior. Ficamos mansos e dóceis ao som de uma música suave. Quem não se lembra da suavidade da canção de ninar docemente cantadas por nossas mães? E quem não se lembra dos sustos e medos passados na infância por gritos histéricos de alguém? Imaginem estarmos sentados à beira de um rio, olhos fechados, ouvindo o gostoso barulho da água formando pequenas marolas, ainda premiado com o canto de um sabiá e outros pássaros e uma pequena brisa nos refrescando. É um sentimento ligado ao som e ao movimento. Agora estamos voltando para casa. Os carros em sentido contrário fazendo o ruído na janela, a buzina dos apressados motoristas tentando a ultrapassagem, com o som ligado em volume máximo, tocando um pagode imoral desses conjuntos comerciais ou as barulhentas guitarras dessas bandas histéricas. Nossas emoções, com certeza, serão diferentes.
     O movimento tem o mesmo efeito do som. Reparem que um andar seguro, calmo e firme transmite uma personalidade segura. Um andar desordenado e atabalhoado agita as energias em sua volta. Vejam um exército marchando. O garbo dos soldados emociona a todos. Falei do andar. E a dança! Quantos efeitos ela causa. Quando se fala em espiritualidade nosso parâmetro é Jesus Cristo. Jesus era um homem sereno, de andar firme, gestos harmoniosos e voz suave, pausada e clara, o que em absoluto me faz pensar fosse um homem triste. Ao contrário, imagino tenha sido um homem levando sempre um sorriso a todos, mas nunca deve ter dado uma gargalhada. Nas suas caminhadas não devia cansar, pois seus passos deveriam ser firmes e uniformes, sem jamais correr. Se alguém me perguntasse qual o movimento mais equilibrado que pudesse conceber, responderia, sem hesitação: o levantar do braço de Jesus Cristo acompanhado de sua firme voz.
      Assim devem ser os Pontos Cantados e as danças na Umbanda. Se os pontos não forem cantados dentro da sua harmonia, com a mentalização sagrada e religiosa de quem vibra mentalmente nas irradiações dos Orixás e Guias, se tornam um amontoado de sons, sem repercussão magística. É necessário que os pontos sejam mântras, cantados com respeito, amor e vibração. Não se trata de formar um coral ou de se fazer uma apresentação vocal. Trata-se de concentração, respeito e amor naquilo que se está fazendo: invocando, louvando e irradiando caritativamente as vibrações sagradas ou Guias de Trabalho da Umbanda.
     O mesmo podemos dizer da dança, que deve ser invocatória, harmonizada pelos gestos às vibrações invocadas. Isto acontece na maioria dos ritos religiosos, principalmente no Oriente. Canto e dança no louvor e invocação do sagrado.

sexta-feira, 10 de agosto de 2012

VIBRAÇÃO DE EXU




  
   “Exu é o Guardião das Passagens e Porteiras que existem em nosso mundo visível, protegendo, para que não adentrem em nosso ambiente as influências negativas. Sua característica mais marcante é a de transmissor da fertilidade e da fecundação. Caminha no tempo e espaço com tranqüilidade, abrindo nossos
caminhos.
     Difícil falar de Exu sem comentar a controvertida face do mal que se formou no imaginário popular.
     Outro ponto bastante discutível é se ele é um Orixá ou apenas mais uma Entidade representativa do ser
humano. Mas Exu é muito mais que isso; tanto pode se apresentar no mundo visível que conhecemos, como também no mundo dos Orixás, Entidades e Espíritos dos Mortos.
     Exus são Entidades muito poderosas, mas qualquer um que se utilize de sua vibração deve tomar sempre muito cuidado para não causar um desequilíbrio energético. Ele é o mensageiro, aquele que leva nossos pedidos até o conhecimento dos Orixás."


Entrevista do Médium e Sacerdote de Umbanda Rubens Saraceni à
Revista Espiritual de Umbanda, Edição Especial 1, ano I, Editora Escala.

segunda-feira, 6 de agosto de 2012

Os perigos e conseqüências da mediunidade mal orientada


    

         A falta de doutrina e de comprometimento que existe, em muitas casas espiritualistas, coloca em risco a saúde física e psicológica dos médiuns. 

         Para se ter idéia, há casas que iniciam qualquer pessoa que tenha vontade em trabalhos de desenvolvimento mediúnico de incorporação. 
         E as pessoas que começam a freqüentar os trabalhos, por não terem a menor noção do que é certo ou errado, se submetem. 
         Na verdade, existem casos em que a mediunidade de incorporação nunca vai se manifestar porque o médium deverá desenvolver outras formas de mediunidade. 
Conseqüentemente, tentando fazer incorporar quem não deve, surgem atrapalhações de toda ordem. 
         A mediunidade deve ser desenvolvida de forma progressiva e individualizada, e o bom desenvolvimento do corpo mediúnico depende muito da firmeza e da competência do chefe encarnado do grupo e do espírito dirigente dos trabalhos. 
         Na Terra, a esfera material das diversas formas de religião é conduzida pelos encarnados, o que inclui a organização das casas, a orientação das pessoas e até a redação dos textos que explicam os fenômenos espirituais. 
         É justamente por se tratar de “coisa de humanos” que a religião muitas vezes é deturpada. 
         Se os espíritos de luz pudessem atuar sozinhos, várias situações inoportunas deixariam de acontecer. 
         Mas os trabalhos religiosos na Terra precisam da união do plano físico e do espiritual. 
         Sem o fluido vital dos médiuns, não é possível para os espíritos atuar em nosso nível vibratório. Daí a grande importância dos médiuns e também da assistência nos trabalhos religiosos. 
         Quando um dirigente religioso, independente da linha em que trabalhe, se deixa envolver pelo ego, passa a acreditar que é dono-da-verdade e, o que é ainda pior, que é dono das pessoas sua mente se fecha para as orientações do plano espiritual que deveriam orientar sua conduta, porque sua vontade passa a ser mais importante. 
Quando o chefe dos trabalhos “se perde”, os espíritos não compactuam com os erros cometidos, mas respeitam o livre-arbítrio de todos. Ficam à parte, aguardando que a situação se modifique para novamente poderem trabalhar com seus médiuns. 
         As pessoas não ficam desamparadas, mas os espíritos não compactuam com o ego. Há trabalhos que, irresponsavelmente, surgem em função da vontade que têm algumas pessoas de dirigirem grupos. Se uma pessoa resolve iniciar uma sessão, a responsabilidade é dela. Os seus protetores não vão puni-la por isso, mas toda a carga que surge em função dos trabalhos vai ser também responsabilidade dela. 
         Surgem, em função disso, muitas complicações, para quem dirige e para quem é dirigido. Portanto, não bastando atrapalhar a si mesmo, o chefe deverá arcar com as conseqüências do que provoca para o corpo mediúnico de sua casa. 
         O mesmo vale para quem decide que vai prestar “atendimentos espirituais” ou outros tipos de “trabalho” relacionados, sem as devidas proteções que só uma casa, com os devidos calços, pode ter. 
         Toda aplicação do dom mediúnico deve estar sobre a proteção de uma corrente espiritual e de uma chefia realmente capacitada. 
Infelizmente, em muitas casas sem boa direção espiritual, exerce-se o hábito de desenvolver a mediunidade em pessoas obsediadas, causando-lhes desequilíbrios ainda piores do que a própria obsessão. 
         São pessoas que, estando claramente doentes, são levadas a abrirem seus canais de mediunidade, irresponsavelmente, a fim de supostamente se curarem. 
         A pessoa perturbada chega nos trabalhos e é aconselhada a desenvolver… porque tem mediunidade. Deveria procurar entender o que acontece consigo, através da doutrina, e não sair procurando um lugar para “desenvolver”. Situações como essa, ocorrem devido ao pouco conhecimento doutrinário dos dirigentes das casas e até dos médiuns que dão consultas, acreditando que estão falando pelos espíritos. 
         A mediunidade perturbada pela obsessão não merece incentivo. No aspecto patológico, existem aqueles que, por desequilíbrios neurológicos, se comportam como vítimas de processos obsessivos. Nestes casos, também é inoportuno o desenvolvimento das faculdades mediúnicas. 
         Mentores espirituais de casas honestas cuidam de tratar desses processos obsessivos até que os fenômenos cessem, e o enfermo, curado, possa retomar suas atividades normais e, quem sabe, desenvolver sua mediunidade. 
         Tudo está muito bem, se o médium está preparado, saudável e consciente de que desenvolver a mediunidade é o que realmente deseja e de que realmente precisa. Por outro lado, se a pessoa está desequilibrada, doente, desenvolvendo algo que nem sabe exatamente o que é, possuir um canal aberto será algo muito perigoso. Em ambos os casos, haverá a possibilidade da comunicação com o mundo dos espíritos, e um médium despreparado não vai saber identificar, nem filtrar, mensagens boas de mensagens oriundas de espíritos obsessores. 
         Por isso, desenvolver a mediunidade em quem não está preparado permite que as obsessões se manifestam pelo canal mediúnico que foi aberto, ocasionando demências em diferentes graus. 
         A mediunidade não é causadora da enfermidade ou da loucura. É o seu desenvolvimento indevido que permite que um espírito obsessor dela se utilize para instalar, na mente de sua vítima, a enfermidade mental. 
Pensar na mediunidade como causa desses distúrbios seria o mesmo que culpar a porta de uma casa pela entrada do ladrão. A porta foi somente o meio ou a via de acesso utilizada para a realização do furto, por negligência e desatenção do dono da casa. 
         Precisamos também conhecer a fadiga mediúnica. O exercício da mediunidade provoca perda de fluidos vitais do corpo do médium e tende a esgotar os seus campos energéticos. Por isso os dirigentes capacitados dedicam especial atenção e cuidado para com os médiuns iniciantes. 
         É comum encontrar médiuns desequilibrados, atuando em grupos espiritualistas, onde incluem-se até mesmo os brandos trabalhos de mesa kardecistas.       Em alguns casos, o descontrole psíquico pode levar o indivíduo à loucura, principalmente no caso das pessoas predispostas ao desequilíbrio. Convém que o dirigente espiritual esteja atento à conduta dos médiuns, para perceber indícios de anormalidade. 
         Mediunidade é uma atividade psíquica séria, e a ela só devem se dedicar pessoas que se disponham a ter conduta religiosa, ou seja, uma moral sadia e hábitos disciplinados. 
         A prática da mediunidade em obsediados é capaz de produzir a loucura. A irresponsabilidade e incompetência de dirigentes nos critérios de admissão e instrução de seus trabalhadores pode culminar em demência. Basta imaginar a situação em que uma pessoa obsediada é submetida a entidades hipócritas. 
         É fácil imaginar que se estabelecerá um processo de fascinação que pode culminar em demência. 
            Lembremos que a humildade, a dedicação, a paciência e a renúncia são os caminhos do crescimento mediúnico. O orgulho e os maus espíritos são seus obstáculos.
         A mediunidade, assim como todos os dons, possui dois lados. Se, por um lado, é fonte de abençoadas alegrias; por outro, pode ser também de profundas decepções. Mas isso nunca deve ser motivo para que alguém desista de desenvolver a sua mediunidade, de cumprir a sua missão, pois ela é simples e gratificante na vida das pessoas que a abraçam como missão de serviço nas legiões do Grande Pai Oxalá.


Por Jorge Menezes

sexta-feira, 3 de agosto de 2012

A FÉ NA UMBANDA






Rubens Saraceni  
  
    A Umbanda é uma religião eminentemente espiritista e espiritualizadora. Portanto, a fé professada pelos seus praticantes, médiuns em sua maioria, exige uma crença forte 
em Deus e na existência do mundo espiritual que interage o tempo todo com o plano material. Analogicamente, podemos comparar a crença umbandista à do cristianismo, que tem em Deus o Criador Supremo (Olodumare ou Olorum) e em Jesus o seu maior mistério (sincretizado com Oxalá). Mas, tal como no cristianismo há as coortes de anjos, arcanjos, querubins, serafins, etc., na Umbanda há hierarquias de Orixás (Ogum, Xangô, Oxóssi, Iemanjá, Oxum, Iansã, etc.) que têm funções análogas, ainda que sejam enfocadas e cultuados segundo rituais próprios. 
  
     Para entender a fé na Umbanda é preciso mergulhar fundo em sua essência religiosa, porque um umbandista convicto não é uma pessoa contemplativa e interage o tempo todo com o mundo espiritual e também com o universo divino, já que é, em si um templo vivo e através do qual os Sagrados Orixás manifestam Suas vontades. A fé, na Umbanda, é mais que uma questão de crença. É um verdadeiro ato de fé, pois um umbandista é o meio natural por onde a religião flui com intensidade e mostra-se em toda a sua grandeza e divindade, ainda que de forma simples e adaptável às condições do seu adepto. 

  
    A fé, na Umbanda, transcende e torna-se um estado de espírito através do qual são realizadas as engiras ou sessões de atendimento das pessoas necessitadas de auxílio espiritual e de orientação doutrinária e religiosa. Fé, na Umbanda é sinônimo de trabalho em prol do próximo, de evolução consciencial e transcendência espiritual para os seus adeptos e seus médiuns praticantes. A fé é ensinada como a integração da pessoa ao seu Orixá Regente, que é sua ligação superior com Deus, com Oludumare, o Senhor do nosso destino e da nossa vida. Crer em  Deus e nos Seres Divinos manifestadores dos Seus Mistérios Sagrados é natural nos umbandistas e dispensa maiores esforços nesse sentido, já que a mediunidade é o meio mais rápido de 
integração com Ele e Seus manifestadores, os Orixás. 
  
    A Umbanda é Sagrada porque é uma religião onde os mistérios de Deus têm uma feição humanitária e estão voltados para nossa evolução e nosso amparo espiritual, assim como de todas as pessoas que frequentam seus  templos, também denominados de tendas. Cremos em um Criador Supremo; cremos na existência das hierarquias divinas; cremos na manifestação dos Sagrados Orixás através da incorporação de suas vibrações mentais; cremos na existência do mundo espiritual; cremos na interação deste mundo superior com o nosso mundo material. 

  
     Enfim, a fé, na Umbanda é mais que uma questão de crença, é um estado de espírito e é muito mais que o ato de crer em Deus, é o ato de realizar-se Nele, enquanto seres espirituais gerados por Ele, o Senhor Olorum, o nosso Divino Criador! 




SALVE A UMBANDA!!!