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quinta-feira, 26 de novembro de 2015

Sendo Umbandista...





Tenho me atentado muito sobre o comportamento daqueles que fazem parte dos centros de Umbanda, sejam eles médiuns, cambonos  ou qualquer outro membro da casa, e acabei percebendo que muitas vezes alguns de nossos irmãos deixam a real dedicação ao seu irmão, caridade e amor ao próximo de lado.
            Fazer parte de um centro, nos torna uma família unida e sempre aberta a novos irmãos, porém às vezes não é exatamente isso que ocorre.
 Muitas vezes aquele que esta chegando ao centro, iniciando seus aprendizados para sua caminhada na Umbanda, traz consigo muitas dúvidas, talvez até medos, já que muitas vezes nunca teve contato com entidades. Se sente inseguro, sem saber ainda como lidar com as sensações da mediunidade, ou com as orientações que estão sendo recebidas e ainda se sente fora do grupo que já está formado pelos membros. Cabe então, a todo o corpo da casa, receber este irmão de fé com carinho, paciência e dedicação. Mas infelizmente, muitos do que estão nas casas há mais tempo, e deveriam ser os exemplos maiores de caridade e amor ao próximo, agem de maneira egoísta e até mesmo se invadem de vaidade e orgulho e deixam de passar a diante seus conhecimentos e experiências, com medo de perderem o “lugar já conquistado”, seja por ciúmes, ou por não quererem dividir as atenções que lhes são dedicadas.
Não podemos esquecer que um dia também fomos iniciantes, que já tivemos as mesmas dúvidas, que o que hoje consideramos algo simples e corriqueiro já foi também novo para nós. E principalmente se atentar que todos nós estamos em um aprendizado constante, não podemos nos acomodar, ou pensar ser donos de todo conhecimento, pois este em sua totalidade ainda está longe de nossa compreensão, estamos na mesma jornada em busca de evolução espiritual e o aprendizado começa em nós mesmo. Todos nós somos importantes dentro do terreiro, a união de todos é a força da corrente de trabalho, cada um tem seu papel e sua responsabilidade para que essa harmonia seja mantida.
Além de se intitular como umbandista é preciso Ser um umbandista dentro e fora do centro, dentro de nós, em nossa essência, em nossos pensamentos e atitudes, quando ninguém nos olha, quando estamos sozinhos com nossa consciência. Quanto mais tempo temos dentro de um terreiro mais responsabilidades adquirimos, mais devemos praticar a humildade e cada vez mais nos tornamos responsáveis por amparar, ajudar, ensinar e auxiliar os que ali estão.
Não há como ser umbandista pela metade ou apenas quando nos convém. Nosso caráter nos define, nossas atitudes geram consequências, e somos responsáveis por elas assim como por nossas falas e pensamentos.
Aos que trazem a Umbanda em seus corações lembrem-se sempre de um dos ensinamentos mais valiosos de Cristo:  “ ... Como eu vos amei, assim também vós deveis amar-vos uns aos outros..."

Que Oxalá nos ilumine e abençoe, hoje e sempre!
Salve a Umbanda Sagrada!