Nosso dia a dia é movido por hábitos, somos absorvidos por rotinas
cotidianas, de modo que nossas mentes parecem rodar em baixa rotação,
deixando a maioria dos nossos atos a cargo do subconsciente.
Sendo assim, pouco conseguimos perceber do que nos cerca, os que
sofrem, os que se regozijam, as coisas lindas, as menos boas, tudo
parece estar passando em pano de fundo acizentado, porque estamos
continuamente centralizados, ou no passado, ou ardentemente ansiosos
pelo futuro. Não conseguimos nos apaziguar suficientemente para estarmos
no AGORA.
Frequentemente parece que estamos desconfortáveis com nossas vidas,
nosso modo de ser, nos incomoda não estarmos em determinado lugar, com
determinada pessoa, quando não podemos nos esquecer da delicadeza de não
sermos inoportunos, e esquecermos que quando as Forças do Bem
conspiram, os melhores momentos que merecermos sempre acontecerão.
Devemos elevar nossa frequencia vibratória, saindo das ondas
subconscientes para a consciencia plena dos momentos que estão passando,
para que se construam pontes verdadeiramente sólidas para o futuro, e
que não haja dificuldades quanto ao que já passou. Pois outra grande
muralha que sempre nos defrontamos, é nossa propria consciencia, quando
deixamos o momento fugir, e não agimos como deveríamos, ou simplesmente
não agimos.
Para nos protegermos do vazio interior que por vezes nos ameaça,
oremos sempre, pois a oração eleva nossas mentes ao nível consciente, e
mesmo ao supraconsciente, nos levando aos píncaros do ideal, das metas,
das nossas missões, de forma que sempre estejamos mobilizados,
motivados, para seguir adiante, e assim não gastarmos tanta energia com
sentimentos menos positivos, de ilusões do que ainda não merecemos ter,
ou até pela misericórdia divina, nos é evitado por ser um erro com
efeitos deletéricos.
Orar é um ato de nossas melhores intenções de elevar a nossa própria
existência, de pacificar nossas turbulências, transformar nossos desejos
e anseios em calma determinação que tudo pode ser melhor, e abrir a
nossa visão interior para a compreesões que na luta diária não
percebemos. É o momento em que nossos guias mais se aproximam, e nos
tocam o espírito com as lições que temos de captar, reaprender. É o
instrumento pelo qual as Forças Maiores nos conduzem
e nos descortinam os momentos que foram únicos e inesquecíveis, com
todas as cores vívidas que ficam embotadas quando assim permitimos,
subjugados pelos embate diários, os entraves, as inúmeras provas que
cada um de nós precisa ultrapassar, e por vezes, por nossa fraqueza,
deixamos escapar.
Não devemos enumerar quantas preces devemos fazer em cada dia.
Façamos quantas preces forem necessárias, caminhando, trabalhando,
estudando, não precisamos de mosteiros para interagir com o Mestre
Maior, com os espíritos de Luz que o intermediam. Precisamos, sim, de
Fé, da convicção dos motivos pelos quais emitimos as preces silenciosas,
receptivos ás respostas sutis que os seareiros do Bem nos trazem, e sem
traves nos olhos, vamos firmes em nossas buscas, cultivando a coragem,
burilando mesmo através da dor, a receptividade necessária para enfim,
sentirmos reverberando em nosso ser, a finalidade de nossas existências.
Vamos orar sim, para sentir que estamos aqui, cada um em sua
realidade, amparados pelas forças dos orixás que nos regem, pelos guias
que nos acompanham, e as distâncias se apaziguarão, as proximidades se
enriquecerão, nossa alma se manterá singela e pura, esquecendo os dardos
venenosos, as intempéries, seremos sutis, e estaremos onde queremos
estar, sem alarde, somente presentes e cônscios, em plenitude.
''ORAI E VIGIAI"
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