Trecho retirado do Livro TAMBORES DE ANGOLA de Robson Pinheiro.
Exu é
entidade de luz (em evolução) com profundo conhecimento das leis magísticas
e de todos os caminhos e trilhas do Astral Inferior.
Não
tem nada a ver com as imagens vendidas nas casas de artigos religiosos, com
chifrinhos e rabos... Exu não é o Diabo.
São os
guardiões, são os espíritos responsáveis pela disciplina e pela ordem no
ambiente.
São
trabalhadores que se fazem respeitar pelo caráter forte e pelas vibrações
que emitem naturalmente. Eles se encontram em tarefa de auxílio. Conhecem
profundamente certas regiões do submundo astral e são temidos pela sua
rigidez e disciplina.
Formam, por assim dizer, a nossa força de defesa, pois vocês não
ignoram que lidamos, em um número imenso de vezes, com entidades
perversas, espíritos de baixa vibração e verdadeiros marginais do mundo
astral, que só reconhecem a força das vibrações elementares, de um
magnetismo vigoroso, e personalidade forte que se impõem. Essa, a atividade
dos guardiões. Sem eles, talvez, as cidades estivessem à mercê de tropas de
espíritos vândalos ou nossas atividades estivessem seriamente comprometidas.
São respeitados e trabalham à sua maneira para auxiliar quanto possam. São
temidos no submundo astral, porque se especializaram na manutenção da
disciplina por várias e várias encarnações.
Muitos
do próprio culto confundem os Exus com outra classe de espíritos, que se
manifestam à revelia em terreiros descompromissados com o bem.
Na
Umbanda a caridade é lei maior,
e esses espíritos, com aspectos mais bizarros, que se manifestam em médiuns
são, na verdade, outra classe de entidades, espíritos marginalizados por seu
comportamento ante a vida, verdadeiros bandos de obsessores, de vadios, que
vagam sem rumo nos sub-planos astrais e que são, muitas vezes, utilizados
por outras inteligências, servindo a propósitos menos dignos. Além disso,
encontram médiuns irresponsáveis que se sintonizam com seus propósitos
inconfessáveis e passam a sugar as energias desses médiuns e de seus
consulentes, exigindo “trabalhos”, matanças de animais e outras formas de
satisfazerem sua sede de energia vital. São conhecidos como os quiumbas, nos
pântanos do astral. São maltas de espíritos delinqüentes, à semelhança
daqueles homens que atualmente são considerados na Terra como irrecuperáveis
socialmente, merecendo que as hierarquias superiores tomem a decisão de
expurgá-los do ambiente terrestre, quando da transformação que aguardamos
neste milênio. Os médiuns que se sintonizam com essa classe de espíritos
desconhecem a sua verdadeira situação.
Depois, existe igualmente um misticismo exagerado em muitos terreiros que se
dizem umbandistas e se especializam em maldades de todas as espécies,
vinganças e pequenos “trabalhos”, que realizam em conluio com os quiumbas e
que lhes comprometem as atividades e a tarefa mediúnica. São, na verdade,
terreiros de Quimbanda, e não de Umbanda. Usam o nome da Umbanda como outros
médiuns utilizam-se do nome de espíritas, sem o serem.
Os espíritos que
chamamos de Exus são, na verdade, os guardiões, os atalaias do Plano Astral,
que são confundidos com aqueles dos quais falei. São bondosos, disciplinados
e confiáveis. Utilizam o rigor a que estão acostumados para impor respeito,
mas são trabalhadores do BEM.
São eles os verdadeiros Exus da Umbanda, conhecidos como guardiões,
nos sub-planos astrais ou umbral. Verdadeiros defensores da ordem, da
disciplina, formam a polícia do mundo astral, os responsáveis pela
manutenção da segurança, evitando que outros espíritos descompromissados
com o bem instalem a desordem, o caos, o mal. Tem experiência nessa área e
se colocam a serviço do bem, mas são incompreendidos em sua missão e
confundidos com demônios e com os quiumbas, os marginais do mundo astral.
NÃO
EXIGEM NEM ACEITAM “TRABALHOS”, DESPACHOS OU OUTRAS COISAS RIDÍCULAS das
quais médiuns irresponsáveis, dirigentes e pais de santo ignorantes se
utilizam para obter o dinheiro de muitos incautos que lhes cruzam os
caminhos. Isso é trabalho de Quimbanda, de magia negra.
NADA TEM A VER COM A UMBANDA!