Não é a mediunidade que te distingue.
É aquilo que fazes dela.
A ação do Instrumento varia conforme a atitude do servidor.
A produção revela o operário.
A pena mostra a alma de quem escreve.
O patrimônio cainha no rumo que o mordomo dirige.
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O lavrador tem a enxada, entretanto...
Se preguiçoso, cede asilo à ferrugem.
Se delinquente, empresta-lhe o corte à sugestão do crime.
Se prestativo e diligente, ergue, ditoso, o berço de flor e pão.
O legislador guarda o poder; contudo, através dele...
Se irresponsável, estimula a desordem.
Se desonesto, incentiva a pilhagem.
Se consciente e abnegado, é fundamento vivo à cultura e ao progresso.
O artista dispõe de mais amplos recursos da inteligência; todavia, com eles...
Se desequilibrado, favorece a loucura.
Se corrompido, estende a viciação.
Se enobrecido e generoso, surgirá sempre como esteio à, virtude.
Urge reconhecer, no entanto que acerca das qualidades e possibilidades do lavrador, do legislador e do artista, na concessão do mandato que lhes é confiado, apenas a Lei Divina cabe julgar.
Todos nós, porém, de imediato, conseguimos classificar-lhes a influência pelos males ou bens que espalhem.
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Assim também na mediunidade.
Seja qual for o talento que te enriquece, busca primeiro o bem, na convicção que o bem, a favor do próximo, é o bem irrepreensível que podemos fazer.
Desse modo, ainda mesmo te sintas imperfeito e desajustado, infeliz ou doente, utiliza a força medianímica de que a vida te envolve, ajudando e educando, amparando e servindo, no auxilio aos semelhantes, porque o bem que fizeres retornará dos outros ao teu próprio caminho, como benção de Deus e a brilhar sobre ti.
Livro Seara dos Médiuns
Chico Xavier - pelo Espírito Emmanuel.
Reunião pública de 12/2/60
Questão nº 226 - Paragrafo 1°
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