A palavra “incorporar” tem vários significados:
- Ela nos dá a idéia de unir, (incorporar alguma coisa a algo que já temos; unir conceitos ou práticas);
- Igualmente,
nos traz o sentido de reunir ou fazer fusões, (de empresas,
instituições, etc.);
- Também a de introduzir,
(incorporar um conceito: assimilar e aplicar esse conceito a alguma
coisa que já fazemos);
-
E ainda sugere a idéia
de dar forma física, forma material ou forma corpórea, (dar corpo).
As orientações que recebemos na Umbanda através da mediunidade de
incorporação são importantes. Contudo, há outras formas de nos
comunicarmos com a Espiritualidade e de trazermos esse aprendizado para a nossa
vida.
Incorporar, “receber o Guia”, não é o mais importante. Fundamental é que
nos dediquemos a assimilar as orientações e os exemplos dos Guias Espirituais e
das Entidades que nos amparam, procurando entender-lhes o sentido para
aplicá-los em nossa vida diária e ficando atentos para as intuições que eles
nos dão, (que podem chegar como novas idéias, como sensações, até como perfumes
e odores variados que, de repente, invadem o ambiente etc.).
Importante é “incorporar”, (assimilar e aplicar), o fundamento da
mensagem, assim como a lição embutida no exemplo de conduta dos Guias
Espirituais diante de um consulente ou de um médium “difícil”, buscando
analisar o quanto aquilo pode ter aplicação útil em nosso dia-a-dia.
Espiritualidade não é algo para se viver apenas entre as paredes do
Terreiro. É algo para vivermos “dentro de nós”, em silêncio, com naturalidade,
sem alarde, sem roupa especial, sem dia marcado, sem que ninguém precise
elogiar e aplaudir. É um caminho interno, é aprender a olhar tudo com os olhos
da alma, porque isso vai nos ajudar a encontrar novas soluções, novas formas de
viver e enxergar a vida “lá fora”.
Não tem sentido fazer as coisas para se receber elogios. O essencial é
fazermos as coisas em que acreditamos, pelo bem que elas representam. Agir
assim nos livra de muitas mágoas, de muitas bobagens... Espiritualidade
é algo que nos ajuda a caminhar de mãos dadas com os outros, pelo prazer de
ajudar e participar, apesar de sermos diferentes, apesar de pensarmos de forma
diferente, apesar dos pesares...
Ser médium é ser
veículo, canal, meio de comunicação. Dentro e fora do Terreiro.
A melhor forma de transmitirmos as mensagens do Astral é colocá-las na
prática : em família, no trabalho, com os amigos, com os vizinhos, com
as pessoas “difíceis”...
Espiritualidade é união, é a “incorporação”, (assimilação e aplicação),
do verdadeiro sentido da vida : somos todos filhos de Deus, somos todos
feitos de Luz, temos valores e méritos, mas também temos nossas limitações e
lições a aprender.
Incorporar o Guia não é tudo, é apenas uma parte das infinitas
possibilidades de aprendizado que a Vida nos concede, inclusive no campo
mediúnico.
Portanto, no desenvolvimento mediúnico, não nos preocupemos apenas em
girar, em rodar, para “mostrar que o Guia chegou”... Na verdade,
os Guias e Entidades chegam ali muito antes de nós, preparando o ambiente para
o trabalho. Bom mesmo será a gente conseguir abrir o coração, para incorporar,
(assimilar, absorver), os ensinamentos do Astral e colocá-los em prática.
E, se o Guia quiser incorporar, por favor : entregue-se, deixe,
permita-se a experiência ! Não perca mais tempo se perguntando : “Será
que sou eu, será que é o Guia...? Abra o coração ! Busque o contato com a
Espiritualidade, que a resposta virá, do jeito que precisa e pode vir, sem
dificuldade, naturalmente, e só por um motivo : somos seres espirituais
!
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