Senhor Jesus, divino Amigo! Nesta oração, aqui comparecemos para rogar-te em beneficio de todos os médiuns que se encontram a serviço da causa do Teu Evangelho sobre a face da Terra.
Ampara-os a fim de que, ante os naturais percalços com que se defrontam, não esmoreçam no cumprimento do dever, ainda que diminuto, sob sua responsabilidade.
Que as críticas e as zombarias dos incrédulos não os façam recuar no indispensável testemunho da fé que abraçam na Doutrina que Te revive os ensinamentos para o mundo!
Fortalece-os para que não se deixem abater pelas próprias fragilidades, quando a palavra contundente dos críticos e opositores coloque à mostra as limitações que, no intuito de mais bem Te servir, procuram alvidar em si mesmos, nas tarefas do cotidiano.
Não consintas que, para gáudio de quantos os desacreditem no esforço de renovação íntima e boa vontade, venham eles cair na jornada empreendida, seguindo-Te os passos, ao peso do madeiro que carregam na estrada íngreme.
Não os deixeis à mercê da tentação que, não raro. assoma do próprio passado de sombras, mas abençoando-os com a luz do discernimento para que não se façam vítimas da fascinação e, tampouco, do desânimo que costuma abater os espíritos ainda não robustecidos o suficiente dentro da luta que não conhece trégua.
Que nenhum deles permaneça na expectativa de qualquer recompensa ou mesmo do mais ínfimo reconhecimento, pelo trabalho que executam, na condição de últimos entre os últimos dos Teus leais cooperadores.
Se, porventura, vierem a tropeças nas pedras da própria falta de vigilância e, quiçá, da insensatez, levando em conta as tantas vezes que, completamente isentos, se colocaram à Tua disposição no socorro aos que sofrem e choram, não os deixes amargando o fracasso que os anule em sua capacidade de continuar sendo úteis.
Meste, eis que nesta prece que nos nasce do coração reconhecido à Tua magnanimidade, ousamos recomendar-Te todos os medianeiros que, arrostando escárnios e incompreensões, inclusive daqueles dos quais lhe seria lícito esperar a palavra de incentivo e encorajamento, se ofertam em silencioso holocausto pela vitória da crença na Imortalidade sobre o materialismo degradante.
Conforta-os como somente Tu sabes e és capaz de fazer, porquanto, igualmente, outrora, foste compelido a sorver o transbordante cálice da ingratidão humana à derradeira gota.
Sobretudo, encoraja-os, Senhor, para que, embora não estando à altura de Teus exemplos, eles procurem imita-los no campo da bondade e do perdão, da renuncia e do devotamento, conscientes de que somente é digno de ser chamado Teu discípulo aquele que, colocando as mão na charrua, não mais olha para trás e ara e fecunda a terra com o suor do próprio rosto, antevendo a abençoada colheita do Porvir!
Pousa a Tua mão sobre a fronte abatida de todos os médiuns e repere-lhes, aos ouvidos e ao coração, as palavra indeléveis que endereçaste a todas as criaturas : " Vinde a mim, todos vós que estais aflitos e sobrecarregados, que eu vos aliviarei."
Quem Assim Seja
INÁCIO FERREIRA
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