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terça-feira, 8 de novembro de 2016

UMBANDA PARA CRIANÇAS

As crianças eram levadas até Jesus para que fossem abençoadas por Ele, mas, os discípulos as afastavam.
Então Jesus, vendo o que estava acontecendo, indignou-se e disse-lhes: 

“DEIXAI VIR A MIM AS CRIANCINHAS, E NÃO AS IMPEÇAIS, PORQUE DELAS É O REINO DE DEUS.
EM VERDADE, EU VOS DIGO QUE, QUALQUER UM, QUE NÃO RECEBER O REINO DE DEUS COMO CRIANÇA, DE MANEIRA NENHUMA ENTRARÁ NELE”.

E, tomando-as nos seus braços, Jesus as abençoou, pondo as mãos sobre elas.
(Marcos 10:13 a 16)        

        As crianças precisam de atenção. Esse foi o pensamento que me despertou para o trabalho com elas. Elas são curiosas e sempre se aproximam com perguntas e comentários sobre o que veem nas giras. Como é de se esperar delas, com autenticidade e simplicidade.

        O ritual Umbandista desperta e estimula os sentidos. As crianças gostam disso. Há cores por todos os lados. São velas, guias, flores e imagens.

        A defumação e o cheiro das velas queimando despertam o olfato, assim como os doces e guaranás estimulam o paladar.

        O contato, através dos passes com as entidades, desperta o calor humano, em forma de carinho e aconchego.

        As crianças ficam encantadas com a melodia e a letra fácil dos pontos cantados. Desde pequeninas, entoam os pontos com facilidade e prazer.

        Elas não podem passar despercebidas na Umbanda, que tem em uma de suas bases uma Linha de Trabalho totalmente dedicada às crianças espirituais, cuja expressão nos remete ao bem e a pureza.

        As crianças da Terra precisam da mesma atenção. Têm prioridade de atenção, assim como em outras áreas e situações da vida.

        A atenção precisa partir primeiro dos pais e responsáveis. A criança aprende, principalmente, por imitação. Ética e religiosidade são alguns dos valores que precisam ter nos adultos o exemplo.

        Os espaços de convivência como a escola, a religião, a vizinhança são determinados exclusivamente pelos adultos. O espaço religioso precisa complementar, enquanto grupo social da criança, os princípios e valores adotados e praticados pelas referências familiares.

        Os pais umbandistas precisam cobrar dos dirigentes de suas casas atenção à formação religiosa dos seus filhos. Essa é uma maneira de despertar a comunidade umbandista para a necessidade de se educar as crianças dentro dos princípios da religião e da convivência em grupo.

        É preciso também se educar para a diversidade e para a pluralidade, tão presentes em nossa Umbanda, despertando nas crianças, desde cedo, valores como a tolerância, o respeito e a paz.

        A Umbanda, contrapondo-se a valores ultrapassados, nos desperta para a valorização das crianças, dos mais velhos, da natureza, da diversidade de culturas, da inclusão, das mães e dos pais como instrutores do espírito, da subjetividade, do equilíbrio material e espiritual, do autoconhecimento, entre outros.

        Será que essa riqueza de experiências e de conhecimentos está sendo transmitida às nossas crianças para que lhes possa servir de orientação e de respaldo em sua formação?

        Precisamos refletir a respeito e questionar se estamos aproveitando para nós mesmos, primeiramente. Somente assim poderemos ver a importância de mostrarmos esse caminho chamado de Umbanda aos nossos filhos.

        Aqueles pais que não reconhecem na Umbanda as possibilidades de formação e de desenvolvimento dos seus filhos, levando-os nos trabalhos, mas negando-lhes informação e esclarecimento, quando não os privam de serem batizados em sua religião, muitas vezes por vergonha ou ignorância, precisam repensar o que estão fazendo com e na Umbanda.

        A Umbanda precisa de crianças instruídas em seus valores, mas pra isso, precisa primeiro de pais, biológicos e espirituais, esclarecidos e cientes dessa grande oportunidade, totalmente em consonância com os novos caminhos da humanidade.

        Seu Zé ressaltou também que é importante cuidar da formação das crianças para que cheguem aos Terreiros mais preparadas para desenvolver a mediunidade.

        Se observarmos, a manifestação mediúnica está presente em muitos grupos familiares. São avós, tios, mães, pais e filhos com mediunidade. Por isso é tão importante orientar e preparar as crianças, com naturalidade, para que não sofram desnecessariamente.

        Muitas crianças que frequentam o Terreiro e não são filhos de médiuns também apresentam, precocemente, sinais de mediunidade. Elas demonstram determinação em relação à missão que trazem consigo.

        Promovi o primeiro encontro de crianças sem muita expectativa, impulsionada pela necessidade de dar o primeiro passo. Demorei um ano e meio para fazer o segundo encontro, mas sempre o Seu Zé me lembrava, de tempos em tempos, do meu compromisso com elas.

        O segundo encontro de crianças finalmente aconteceu, fortalecendo a vontade de que outros aconteçam e que não parem mais.

        Senti-me muito encorajada e entusiasmada em dar continuidade ao trabalho com as crianças, pois percebi que elas se mostram mais interessadas em aprender que muitos médiuns.

        É importante também preparar outras pessoas para que a atenção às crianças seja permanente. Para tal é imprescindível que não dependa apenas de uma única pessoa.

        Foi este o pensamento que me fez escolher uma companheira de trabalho, com tanta vontade quanto a minha para dar atenção às crianças.

Postado por : Samaria 

quinta-feira, 20 de outubro de 2016

O Terreiro é de Umbanda?


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Existe uma enorme confusão que as pessoas fazem em relação a o que pode ou não ser considerado um terreiro de Umbanda.

A premissa básica é a caridade que se pratica no local, é o que determina que seja Umbanda.

Alguns começam a confundir fundamentos com elementos de rito (ou culto). 

Em primeiro lugar vamos ver diferenciação do que seja “fundamento” de “elemento de rito”.

Fundamento: é tudo que existe velado, ou não, no terreiro que “fundamenta” e direciona o trabalho.
Estabelece as linhas de forças trabalhadas e cultuadas, assim como a missão da Casa. Ou seja, interfere e determina o resultado final dos trabalhos realizados. É estabelecido pelo Alto. 
Exemplo: firmezas ou pontos de força estabelecidos no Gongá.

Elemento de Rito: é tudo que existe, velado ou não, que presente ou não, não interfere no resultado final dos trabalhos e nem na missão da Casa. 
É estabelecido pelo Dirigente.

Clarificado isso, entro agora no ponto que gostaria de falar. 
O que determina realmente se um terreiro é de Umbanda?

Acredito que já esteja mais do que claro que Umbanda e Candomblé são religiões distintas que guardam muito mais diferenças do que semelhanças.

Já o Omolocô, ou Umbanda traçada, ou umbandomblé, são formas diferenciada de religião, e que costuma confundir os médiuns iniciantes.

Citarei alguns exemplos, sempre me referindo a umbanda por ser essa a minha religião, das demais nada entendo e nem me vejo na obrigação de entender, já que sou de umbanda.

Na umbanda o atabaque é elemento de rito, ou seja, a presença ou não do atabaque NÃO interfere no RESULTADO final do trabalho. A gira pode ficar, e fica mesmo, mais alegre, mais “vibrante”, mas o resultado final é o mesmo. 
As entidades incorporam e fazem seu trabalho da mesma maneira.

As roupas são elemento de rito, o fato de serem brancas é que é fundamento, ou seja, se as mulheres trabalham com “baianas” rodadas ou sem roda, ou de jalecos não interfere no resultado final do trabalho.
As roupas coloridas podem ser usadas em giras festivas. 
Vai da preferência do sacerdote.

A Umbanda não faz sacrifício de animais e nem “devolve trabalhos” ou faz “trabalhos de amarração”. 
Isso é mais do que fundamento, é respeito ao livre arbítrio!

É tão fácil e simples saber ou detectar se um terreiro é de umbanda ou não…
Há caridade? 
Não há cobrança por trabalhos, consultas ou passes? 
Não há sacrifício de animais? 
Então é umbanda. Fácil, não?

No mais, vamos tomando nossos banhos, fazendo nossas orações, pegando nossas guias, as toalhas, vestindo nossa roupa branca e vamos trabalhar porque a umbanda precisa é de médiuns mais preocupados em servir do que serem servidos. 
Não acredita em mim? 
Então pergunta para qualquer preto velho ou caboclo, porque são eles que fazem um terreiro de umbanda.

Sarava a Umbanda!

Por André Luiz Rocha

sexta-feira, 14 de outubro de 2016

Não estrague o seu dia.



Não estrague seu dia.

A sua irritação não solucionará problema algum.

As suas contrariedades não alteram a natureza das coisas.

Os seus desapontamentos não fazem o trabalho que só o tempo conseguirá realizar.

O seu mau humor não modifica a vida.

A sua dor não impedirá que o sol brilhe amanhã sobre os bons e os maus...

A sua tristeza não iluminará os caminhos.

O seu desânimo não edificará a ninguém.

As suas lágrimas não substituem o suor que você deve verter em benefício da sua própria felicidade.

As suas reclamações, ainda mesmo afetivas, jamais acrescentarão nos outros um só grama de simpatia por você.

Não estrague o seu dia...

Aprenda, com a Sabedoria Divina, a desculpar infinitamente, construindo e reconstruindo sempre para o Infinito Bem.


Autor: André Luiz
Médium: Chico Xavier

quarta-feira, 5 de outubro de 2016

Ao Anônimo


Faço essa postagem para um Anônimo especifico. Não me refiro aos leitores que não possuem cadastro ou que por qualquer outro motivo passem pelo blog fazendo suas leituras mantendo seu anonimato  por ser essa sua preferência, esses são muito bem vindos e agradeço pela visita.

Mas sim faço, para aquele anônimo indesejado, desagradável, que mesmo não fazendo parte da Umbanda, ou tendo qualquer intenção de conhecê-la, nem que seja apenas pela curiosidade.... Mesmo assim se faz presente aqui no blog, apenas para desesperadamente deixar o seu comentário contrario a Fé Umbandista, carregado de ignorância e preconceito. Esta postagem é especialmente pra você:

            "Olá Anônimo! 
          Preciso começar agradecendo suas visitas ao meu Blog, esteve por aqui o mês de setembro inteiro e já marcou sua presença deixando mais um comentário bem característico a você, no mês de Outubro.
            Saiba primeiramente que não vou postar nenhum dos comentários que você deixou, talvez por vergonha alheia mesmo, ou pela ajuda que faço em poupar que outras pessoas sintam esse mesmo incomodo ao ler seus comentários, evitando assim que sua ignorância se torne ainda maior.
            Talvez você não saiba, mas está cometendo um crime, sim.... um crime, e pode ser responsabilizado por isso:

"Art. 1º Serão punidos, na forma desta Lei, os crimes resultantes de discriminação ou preconceito de raça, cor, etnia, religião ou procedência nacional."
"Art. 20. Praticar, induzir ou incitar a discriminação ou preconceito de raça, cor, etnia, religião ou procedência nacional.’’
Pena: reclusão de um a três anos e multa.

“Art. 20. Praticar, induzir ou incitar a discriminação ou preconceito de raça, cor, etnia, religião ou procedência nacional.’’
§ 2º Se qualquer dos crimes previstos no caput é cometido por intermédio dos meios de comunicação social ou publicação de qualquer natureza: (Redação dada pela Lei nº 9.459, de 15/05/97)
Pena: reclusão de dois a cinco anos e multa

          Comentar atrás do anonimato deve te trazer certa coragem, pra colocar seus “demônios” pra fora, já que está escondido e ninguém saberá quem você é (acredita mesmo que este anonimato é inviolável? Eu sei quem você é!).
         Isso mesmo eu sei quem você é, e esta com suas dores, suas amarguras e incompreensões sobre os rumos da vida, mas como não consegue assimilar ou aceitar tudo isso, resolve se colocar como o único dono da verdade, e tentar enfiar a goela a baixo nos que pensam diferente de você, aquilo que interpretou como verdade.
             Mas sabe tem um jeito simples de resolver isso: você entra no seu histórico de acessos e apaga o link do Luzes d’Aruanda. Prontinho!
               Você não precisa vir até aqui ler minhas postagens já que não gosta e não as aceita, não precisa se preocupar com a Nossa Salvação, nós Umbandistas, há muito tempo já encontramos Jesus em nossos Terreiros e buscamos a salvação em Nossa Evolução Espiritual e Moral.
             Queira você ou não, Jesus Cristo não é exclusividade de nenhuma fé, a Umbanda é Cristã, assim como outras religiões, mas não é a religião que salva ou liberta e sim a consciência que adquirimos compreendendo os ensinamentos de Cristo. Jesus veio ao mundo para nos dar a Boa Nova, veio nos mostrar o que é nascer de novo e viver dentro de seus ensinamentos evoluindo cada vez mais e é exatamente isso que fazemos na Umbanda, se é diferente da sua maneira de pensar e da sua fé, apenas siga o seu caminho que o nosso já está iluminado.

Se não gosta de alguma comida; não a coma, mas respeite quem come.
Se não gosta de uma musica; não a ouça; mas respeite quem ouve.
Se não gosta de uma postagem; não a leia, mas respeite quem a escreve e quem a lê.
Se não gosta de uma religião; não faça parte dela; Simplesmente a Respeite!

Saravá !


“O direito de criticar dogmas e encaminhamentos é assegurado como liberdade de expressão, mas atitudes agressivas, ofensas e tratamento diferenciado a alguém em função de crença ou de não ter religião são crimes inafiançáveis e imprescritíveis.”

terça-feira, 4 de outubro de 2016

“O que acontece quando você entra em um Terreiro de Umbanda ?“



Quando você entra em um Terreiro de Umbanda, não está entrando em um lugar ruim, perigoso que lida com forças malignas. Está entrando em um recinto repleto de espiritualidade, onde é colocado em prática o maior Ensinamento de Jesus Cristo, a Lei do Amor: “Amarás o teu próximo como a ti mesmo”. 

Quando você entra em um Terreiro de Umbanda, você não se torna médium. A não ser que você já tenha nascido com o corpo físico preparado para isso, você não começa a ver ou a ouvir os Espíritos. Então vá de coração aberto para sentir e compartilhar das vibrações de Fé, Amor e Caridade que estão presentes nos Terreiros de Umbanda.

Quando você entra em um Terreiro de Umbanda, não existe nenhuma espécie de recado dos Espíritos Superiores direcionado exclusivamente a você. Orixás e Guias Espirituais não estarão ali dizendo o que você deve ou não fazer da vida. Mas sim para auxiliar a todos que buscam uma palavra de consolo, uma orientação, a luz para seus caminhos e fazem isso através de seus passes e ensinamentos através de palavras repletas de amor, te equilibrando e fortalecendo para enfrentar seus desafios.

Quando você entra em um Terreiro de Umbanda, as entidades não vão te contar quem você foi ou fez em suas vidas passadas. Se essas informações fossem necessárias você se lembraria por conta própria. Todavia, no Terreiro de Umbanda, com o auxilio das entidades, você começa a compreender que colhe hoje aquilo que plantou em outras existências, entendo assim a responsabilidade que tem sobre suas atitudes, para que você passe a semear com mais sabedoria e amor no seu dia de hoje.

Quando você entra em um Terreiro de Umbanda, você não recebe a solução mágica para resolver seus problemas. Os Caboclos não tirarão suas dores, mas irão te ajudar a entender o porquê as sente,  a cura vira dentro do merecimento de cada um, seja ela carnal ou espiritual.  Os Pretos-velhos não poderão amenizar suas perdas, suas mágoas, mas lhe trarão seu consolo e o conforto de palavras divinas que te acalmarão para que possa compreender os momentos de dificuldade. Os Exus e as Pombogiras não poderão resolver suas dificuldades de relacionamento ou o que quer que você enfrente na vida, mas lhe estenderão as mãos, sendo um apoio de grande ajuda, para te fortalecer e assim enfrentar o que estiver em seus caminhos.

Quando você entra em um Terreiro de Umbanda, você definitivamente não está salvo. A Salvação esta no caminho da Evolução Moral e Espiritual. Todos somos filhos de Deus, a todos Jesus abençoa, somos a extensão de uma mesma energia Divina, dividida igualmente em cada ser.

A verdade, que poucos compreendem ou querem compreender, é que quando você começa a frequentar um Terreiro de Umbanda absolutamente nada muda em sua vida, a não ser que você tome a decisão de mudar, que você compreenda que precisa realizar melhorias em si mesmo, que aceite o convite da reforma íntima e moral seguindo os ensinamentos do Mestre Jesus, ou tudo continuará da mesma forma que já estava.

Compete a cada um de nós a construção da nossa própria felicidade. Essa noção de responsabilidade individual, tão pouco considerada nos dias atuais, é, com certeza, uma das primeiras lições, entre tantas outras, que você aprenderá quando de fato entrar em um Terreiro de Umbanda.


Saravá Umbanda !

sexta-feira, 30 de setembro de 2016

Porque sou Umbandista?

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"Porque sou Umbandista?

Porque Exu me ensinou que se eu desejo algo, eu tenho que conquistar!

Porque a Pomba gira me ensinou que o melhor amor não é amarrado!

Porque os Baianos me ensinaram que a felicidade é uma permissão que temos que nos dar!

Porque os Marinheiros me ensinaram que mesmo que a vida balance, o naufrágio só acontece se eu não me mantiver firme!

Porque os Boiadeiros me ensinaram que só os verdadeiros amigos permanecem ao meu lado!

Porque as Pretas e Pretos Velhos me ensinaram que arrogância não nos leva a caminho nenhum que seja bom!

Porque os Ibejis me ensinaram que a fé é o único sentimento puro que existe!

Porque Pai Omulu me ensinou que não existe sofrimento em recomeçar tudo outra vez!

Porque Ogum me ensinou que não se vence batalhas com a guerra!

Porque Iansã me ensinou que se vence as tempestades da vida com a cabeça erguida!

Porque Oxum me ensinou que o amor vale mais que o ouro!

Porque Xangô me ensinou a confiar na justiça divina e não na minha errante!

Porque Iemanjá me ensinou a acolher as pessoas, e não a fugir delas!

Porque Oxossi me ensinou que a minha coragem é o suficiente para realizar meus sonhos!

Porque Nanã me ensinou que a paciência nos faz chegar mais rápido e com mais certeza em nossos objetivos!

Porque Oxalá me ensinou que pra ser bom eu não preciso ser santo, mas que eu não faça nada que vá contra uma outra pessoa!

Porque Deus me ensinou que ele não tira nada de mim, nem mesmo se for pra me dar algo melhor!

Olorum me ensinou que o que eu conquisto é mérito meu, fazer permanecer comigo é outro mérito! E que se for por meu merecimento Ele me dará muitas coisas sem tirar nada do que já possuo!

Por que sou Umbandista? 

Porque minha religião não faz discriminação, ela não mede minha fé pela quantia de bens que eu tenho.

Porque ela não faz comparação entre os membros participantes, porque dentro do terreiro somos uma família unida na fé!

Por isso sou Umbandista!"    

SARAVÁ UMBANDA! SARAVA NOSSO MESTRE JESUS!

Fonte Desconhecida

terça-feira, 6 de setembro de 2016

PRECONCEITO RELIGIOSO !!!






     E sigo, mais uma vez, abordando o tema tão falado, mas que ainda requer muita atenção: PRECONCEITO RELIGIOSO.

    Optei em abordar este tema mais uma vez, após receber um comentário totalmente embasado pelo preconceito, (confesso que em quatro anos de existência do blog foi o primeiro comentário do tipo) de primeiro momento pensei em publica-lo e dar ao mesmo uma resposta coerente, mas em seguida conclui: para alguém que ainda necessita de conhecimento para que possa entender a Umbanda e toda a questão da espiritualidade, de que vai adiantar uma resposta? Sendo que tal pessoa não terá capacidade de compreendê-la de primeiro momento?

     Não faço questão de publicar o comentário, este blog não tem a intenção de fomentar qualquer tipo de discussão, ele existe para compartilhar pensamentos afins, e esclarecer temas e questões sobre a Umbanda e a Espiritualidade. 

     Então decide fazer mais uma postagem e farei quantas outras forem necessárias, no intuito de poder de alguma maneira fazer o meu papel contra este crime, e defender a minha FÉ que tanto amo.


PRECONCEITO:

1. Qualquer opinião ou sentimento concebido sem exame crítico.

2. Sentimento hostil, assumido em consequência da generalização apressada de uma experiência pessoal ou imposta pelo meio; intolerância.


     É notável existência da ignorância onde há o preconceito e quando se trata do preconceito religioso, além da falta do conhecimento sobre o que esta sendo abordado, neste caso a Umbanda, vemos a falta de capacidade, ou da própria vontade, em poder reconhecer e respeitar, as diferenças entre as crenças religiosas.

     Vejo o medo como um grande aliado da ignorância quando se trata em aceitar o novo, pois aquilo que não esta dentro do seu entendimento, deve ser visto como algo novo e não como uma ameaça, temos medo do que não conhecemos logo o conhecimento liberta e nos traz a capacidade de poder constituirmos nosso próprio entendimento, sem precisar seguir outros pensamentos que também, presos em medos, trazem conceitos formandos pela mesma ignorância.

     Então meus irmão de Fé, e meus irmãos em Cristo, que possamos buscar sempre pelo conhecimento antes de sair por ai falando sobre assuntos sobre os quais não temos capacidade ou discernimento para aborda-los.

     A Umbanda é uma religião Cristã!! Segue e vivencia na pratica o amor e a caridade que Nosso Mestre Jesus nos ensina!! Os Orixás e as entidades que tanto nos auxiliam, exus, pretos velhos , pombagiras, marinheiros, crianças, caboclos e todas as outras falanges de trabalho, nos trazem seus passes, seus ensinamentos, nos ajudando na caminhada pela Evolução Espiritual , se doando em nosso amparo pela mesma caridade de Cristo.

     Na Umbanda não há demônios, talvez estejam estes presentes no medo e na ignorância daqueles que ainda se privam da verdade !


SARAVÁ UMBANDA !

terça-feira, 5 de julho de 2016

Desenvolvimento Mediúnico

            Como sabemos, e para os que não sabiam eis o momento de saber, todos nós já nascemos médiuns, sendo a mediunidade o meio que nos liga à espiritualidade e vice e versa, podendo esta se apresentar de diferentes maneiras e intensidades.


            Porém quero direcionar este texto para o “Desenvolvimento Mediúnico”. Nos terreiros de Umbanda é visível o aumento da procura pelo desenvolvimento da mediunidade de incorporação, mas será que nossos irmãos, principalmente os que estão se iniciando agora na Umbanda estão agindo de maneira correta?


            Quando penso em um significado prático para o desenvolvimento mediúnico, chego ao entendimento de que é o ato de fazer crescer, progredir, aprimorar este canal, no qual somos o meio, que nos permite a comunicação com os Espíritos.


            Todavia, precisamos ter sempre em mente que mediunidade não é algo criado, ou colocado em alguém, sendo assim no desenvolvimento não são criados médiuns, já que a mediunidade faz parte de nós como algo natural, o que ocorre é o aperfeiçoamento, de algo que já existe, aprendemos a utilizar adequadamente a mediunidade.


        Antes de tomar qualquer decisão ligada a desenvolvimento nossos irmãos de fé, e principalmente os que estão em seus primeiros contatos com a Umbanda e a espiritualidade, precisam conhecer melhor, tanto o terreiro escolhido quanto a própria Umbanda.

             Uma boa maneira de fazer isso é começar a frequentar as giras, ir conhecendo as entidades e a maneira que a casa trabalha, se familiarizando às vibrações e aos ensinamentos transmitidos pelos guias, e, além disso, continuar a busca pelo conhecimento sobre a Umbanda fora do terreiro, através do estudo.

            Decidir iniciar o Desenvolvimento Mediúnico e entrar para a corrente de um terreiro é uma decisão que deve ser tomada com responsabilidade, pois está se dando inicio a um comprometimento do médium para com a espiritualidade.


            Muitas vezes durantes os passes ou atendimentos as entidades avisam o consulente sobre a necessidade que o mesmo tem de começar a buscar o desenvolvimento de sua mediunidade, de primeiro impacto alguns se assustam com a novidade, até então desconhecida; outros já vinham trazendo sensações e até mesmo já tinham conhecimento sobre essa precisão; e ainda outros ficam eufóricos e ansiosos, sentindo-se até mesmo mais especiais, bate aquela pontinha de vaidade, e o interesse instantâneo pelo “dom sobrenatural” se inicia e então no impulso decidem pelo desenvolvimento.


            Em uma decisão precipitada, as pessoas não levam em consideração qual é o real papel de um médium, quais as obrigações necessárias, não se atentam que quando um compromisso é firmado com um terreiro deve-se respeitar as normas da casa, ser assíduo e pontual com os horários das giras, não levam em conta que a Umbanda possui Fundamentos e que em sua ritualística existem momentos em que o médium deverá cumprir preceitos, como por exemplo: não comer carne, não consumir álcool, não ter relações sexuais; que muitas vezes terão que abrir mão de festas ou encontros familiares para estarem presentes na giras, entre outros pontos que vão sendo descobertos só depois que já estão no terreiro. Cada terreiro de Umbanda tem sua própria maneira de trabalhar com o desenvolvimento mediúnico, mas essas observações que são válidas em todos eles.  
            Dando-se então o inicio ao Desenvolvimento, vale ressaltar que não é apenas a  mediunidade que esta sendo aprimorada, e sim todo o médium, seu lado moral e intelectual. Tudo isso caminha junto não é possível se aprimorar de um lado estando manco de outro.


            Uma maneira de ordenar todo este processo: iniciando pelo “Desenvolvimento Intelectual”, adquirir conhecimento é fundamental para a trajetória na evolução espiritual, é através dele que expandimos nossa consciência, buscar a fundo sobre a real função da mediunidade e sobre a Umbanda é um grande começo.


            Partindo agora para o “Desenvolvimento Moral”. Sim sua moral é cobrada, e não pelo seu dirigente ou pelas entidades, mas sim pelas consequências de seus atos. Como podemos buscar evolução espiritual estando ainda presos aos erros de conduta moral? É até mesmo uma hipocrisia ir até um terreiro prestar a “caridade”, mas fora dele estar no caminho inverso. Quando digo moral estou sim me referindo a noção de certo e errado, ao uso de bom senso nos atos e nos pensamentos, aos preconceitos e sentimentos que alimentamos em nós e em toda e qualquer atitude que tomamos.

            Somos cristãos e como tal, devemos seguir os exemplos de Nosso Mestre Jesus Cristo, e a moralidade é um deles, o que mais uma vez reforça a total ligação de Desenvolvimento Moral com Evolução Espiritual.
            E então chegamos no ponto em que o médium está se moldando para o seu Desenvolvimento Mediúnico, pois quando há a consciência de que tudo isso precisa caminhar junto, gradativamente o médium vai se aprimorando em todos os aspectos, e com o  passar do tempo vai fortalecendo e amadurecendo a mediunidade e assim a ligação com as entidades espirituais. Ai sim é o momento de se atentar com a vibrações e novas sensações que estarão sendo descobertas com a mediunidade.


            Pois então, Desenvolver a Mediunidade vai muito além de  ir no terreiro vestir branco e esperar as vibrações acontecerem,  é um processo, um preparo, um aprendizado, é a busca pela Evolução Espiritual. Não se deve ter pressa, muito menos pular etapas, todos nós temos o momento certo para a compreensão e expansão de nossas consciências,


            Que os Desenvolvimentos durem o tempo necessário e que deles recebamos médiuns capazes, com seriedade e seguros para seguir na missão de Caridade e Amor ao Próximo assim como Jesus Cristo nos ensina.         
Saravá Nossa Umbanda Sagrada!!


Saravá Nosso Mestre Jesus Cristo!!

sexta-feira, 24 de junho de 2016

Saravá Xangô!!!

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      Xangô é o Orixá da sabedoria e da justiça, é o responsável pela solução das pendências e das injustiças dentro do merecimento de cada um, simbolizando a lei de causa e efeito. 

         No sincretismo os africanos o ligaram a São João Batista a São Pedro e a São Jerônimo. Conforme a região do Brasil, Xangô é sincretizado a um destes três, em algumas regiões, como o Rio de Janeiro, a dois simultaneamente (São João Batista comemorado a 24 de junho e São Jerônimo comemorado a 30 de setembro).

         Seu dia na semana é a quarta feira sua cor na Umbanda é o marrom.

      Recorrem a Xangô todos os injustiçados, perseguidos espiritual e materialmente. Seus são as pedreiras e as cachoeiras. De Xangô emanam forças poderosíssimas, é a Ele que recorremos quando necessitamos de ajuda nos processos que demandem muita energia, nas demandas espirituais, nos processos judiciais, enfim, todos os assuntos ligados à lei e a justiça.

         Lembrando, sempre o que nos é concedido se dá pelo nosso merecimento, como consequências de nossas atitudes. Não há como esperar que a vibração de Xangô esteja a nosso favor, quando somos nós mesmos que estamos no lado errado da Justiça Divina. Portando meu irmão Orai e Vigiai e permanecei sempre dentro da Lei de Nosso Pai Maior assim como nosso Mestre Jesus nos ensina, e então Xangô, assim como todos as vibrações dos Orixás da Umbanda Sagrada, estarão com você.

         Não há necessidade de pedir a Xangô a justiça, ele a fará sempre mesmo que você não peça ajuda, pois assim age a Lei Divina.

Kâo Cabecile Pai Xangô!
Saravá Nossa Umbanda Sagrada!

Saravá Nosso Mestre Jesus Cristo!

terça-feira, 21 de junho de 2016

Em face a tantos conflitos...

Em face a tantos conflitos...
Paraguaçú, um Caboclo em Terras brasileiras.
Médium Mãe Luzia Nascimento
Em, 25 de abril de 2008.

            Em face à tantos conceitos cósmicos e questões que se reportam aos conhecimentos helênicos e transcendentais, a de se observar um largo distanciamento do umbandista do que seja a essência da Umbanda, Religião abraçada por muitos, porém, pouco vivenciada pela grande maioria dos que Dela participam.

            Viver a Umbanda não é dar-lhe nomes cabalísticos com a finalidade e preocupação precípua de demonstrar-lhe sua área de atuação;
            Viver a Umbanda não é direciona-la aos que possuem inteligências notáveis, apresentando-a em pontos e contrapontos tão somente para as mentes brilhantes.
            Viver a Umbanda não é limita-la a tal ou qual escola porque nenhuma Delas é dona da Umbanda.
           
            Umbanda: “manifestação do Espírito para a caridade!”
            A de ser reconhecer que quando os filhos dessa Banda lhe nomeiam, direcionam a uma minoria como sendo os eleitos para assimilação da verdade oua limitam, estão forçosamente fazendo um caminho inverso do que seja o exercício da caridade.

            A Umbanda é grandiosa! Tão grandiosa que esconde sua verdadeira face nas formas fluídicas escolhida pelos seus trabalhadores espirituais que se apresentam nos terreiros como Caboclos, Pais Velhos, Ibeijadas e Exus.
            A Umbanda é ampla por agregar em si espíritos de todas as nacionalidades que se amoldam perfeitamente ao seu triângulo de sustentação.
            A Umbanda é rica! Não por alguns templos suntuosos que a projetam, mas, sim, pela simplicidade que fala aos corações sofridos!
            A Umbanda é humildade pela palavra consoladora e de fácil entendimento para os que a ouvem com a ausculta astral!
            A Umbanda é caridade pela extensão dessa palavra que caminha ladeada ao amor!
            A Umbanda é energia em pleno movimento! Em plena extensão!
           
            Expandam vossas mentes!
            Calem vossas intolerâncias, as vossas indiferenças!
            Sensibilizem vossos corações! Pois, só assim valerá a pena estar na Umbanda. Ser umbandista! Até porque fora disso não resultará em nada os filhos terem visto a Luz de Oxalá e permanecerem cegos.

            Umbanda é trabalho!
            Então meus filhos! Trabalhem pelo vosso próximo! Trabalhem por vocês! Trabalhem pelo hoje preparando o futuro de muitas gerações.
        Lembrem-se! Vocês são instrumentos de uma Causa muito Maior a qual não vê fronteira e nem rótulos, mas, sim, a disposição que cada qual tem de servir a Lei de Aruanda.

          Os modismos passam e sempre passarão! Mas, a Umbanda permanecerá em toda sua plenitude, o que será visto pelos que tem olhos de ver e ouvidos para ouvir.
Patacori Ogum!
Ogum nhê!


Fonte:  UMBANDA - MITOS E REALIDADE

              Iassan Ayporê Pery

quarta-feira, 15 de junho de 2016

...Graças a Oxalá, a umbanda não é mais uma lamparina que afoga e imobiliza os que buscam a luz espiritual.

        A luz da verdadeira religiosidade está provisoriamente compartimentada na Terra. Iludem-se os filhos pelo falso brilho e, aprisionados nas religiões que praticam, consideram-se "salvos".

        Não são muito diferentes das mariposas atraídas cegamente pela luminosidade das lamparinas nas varandas da casa do sinhô. Facilmente se afogavam no azeite ou caíam ao solo pela oleosidade que paralisava suas delicadas asas, sendo rapidamente devoradas pelos répteis rastejantes ao longo da noite que nos encobria, escravos exaustos.

         Saibam que no passado de grande opressão aos cultos ancestrais, esta preta velha, triste, ficava sentada na entrada da senzala. Ao fundo, escutava gemidos provocados pela dor das chibatadas dirigidas aos dorsos nus dos negros "preguiçosos". Pensava que, se não houvesse perseguições religiosas e se cada um dos manos brancos procurasse o caminho mais desejável para apaziguar a ânsia espiritual que os afligia - não somente quando seus filhos ou eles mesmos adoeciam, ocasiões em que, sem jeito, às escondidas e com pouca modéstia, pediam cura aos intermediários dos orixás -, não haveria tanto conflito até os dias atuais.

     Religiões, doutrinas, crenças, cultos e ritos, raças, sexos, idiomas, riqueza e pobreza, saúde e doenças, alegrias e dores, todas as diferenças psíquicas e biológicas, as peculiaridades características das formas que animam as personalidades mortais, tudo isso nada mais é que ilusórios degraus, os quais devem ser superados a caminho da real escada evolutiva do espírito.

       Se hoje nos apresentamos como fomos ontem - eu, por _exemplo, com a aparência de uma preta velha, contando "causos" e descontraindo os ânimos -, é para chegarmos mais facilmente aos endurecidos corações da Terra. A umbanda despersonaliza legiões de espíritos e libera-os do apego às formas, uma vez que não importa qual é a entidade espiritual curvada diante de seu aparelho no terreiro, e sim sua essência missionária: fazer a caridade com Jesus.

    A umbanda molda-se à diversidade das consciências e é ativa, dinâmica, universalista e convergente em sua parte visível terrena, estável e firme no espaço oculto. Nessa abençoada "mistura", todos estão evoluindo.

       Graças a Oxalá, a umbanda não é mais uma lamparina que afoga e imobiliza os que buscam a luz espiritual.

Vovó Maria Conga

Fonte: RAMATIS A MISSÃO DA UMBANDA -
Obra mediúnica inspirada pelo espírito Ramatís ao médiumNorberto Peixoto

quarta-feira, 1 de junho de 2016

Caridade

Por Mestre Obashanan

            O termo “caridade” vem do latim caritas (amor), de carus (caro, de alto valor, digno de apreço, de amor).
            Identifica-se hoje, frequentemente, a caridade com um afeto piegas que se traduz por gestos de assistência paternalista. O termo evoca, imediatamente, a ideia de esmola, tanto que a expressão “viver de caridade pública” significa viver de esmolas, no entanto, caridade é algo bem mais profundo.
            A Umbanda em seus primórdios cunhou a frase “Fé, Esperança e Caridade”. Fico ainda, com o que escreveu mestre Yapacani: “Pratique a caridade nem que seja por vaidade”.
            No ponto de um caboclo aprendemos: “Pedrinha do alto/Pedrinha de ouro/Pedrinha de Loango é…/3 Pedras vem lá do céu: Caridade, Esperança e Fé”, indica a benção que vem do alto na forma de justiça e igualdade para todos. Em outro ponto aprendemos: “Quando ele vem lá do Oriente/Vem com ordens de Oxalá/Sua missão é muito grande/É espalhar a CARIDADE/E seus filhos proteger”. Já ouvi muito dirigente umbandista contraditório dizer ser a caridade proibitiva na Umbanda. Nesse caso, o que devemos fazer? Mudamos o ponto ou entendermos o conceito?
            Etimologicamente, caridade sugere dom, preciosidade, intimidade; De fato, caridade é oblação, virtude, atitude de comunhão mais ainda é vida. Por isso mesmo comporta exigências e é objeto de preceito. Sua tradução como amor se identifica se este está despido de ambigüidades. Supera, em objeto e motivação, a filantropia. Relaciona-se proximamente à justiça enquanto estabelece ordem no que é coletivo impedindo que estas diferenças se cristalizem e se degenerem em CONFUSÃO (!).
            Coincide em grande parte com a Graça. Caridade é o amor desinteressado ao próximo e é justamente aí que falhamos pois o próximo nem sempre é interessante. Este fio tenebroso de pensamento é o que nos aproxima do egoísmo quando escolhemos a quem devemos praticar caridade. Caridade é, uma dileção sem predileção e por isso supera e não é filantropia, que é o amor à humanidade, e sendo esta uma abstração, é mais comum a quem não quer ter trabalho para praticá-la como deve ser praticada.
            Assim, como o próximo pode ser qualquer um, a caridade, é, em princípio, universal. É o que a distingue da amizade, que é inseparável da escolha ou da preferência, pois os amigos nós escolhemos, já os próximos não. Amar seus amigos não é amar qualquer um, nem amá-los de qualquer maneira: é simplesmente preferi-los numa escolha que, quando mal feita, pode levar à injustiça e à hipocrisia.
            A caridade tem por objeto apenas os indivíduos, em sua singularidade, em sua concretude, em sua fragilidade essencial. É amar qualquer um, mas na medida em que é qualquer um; é regozijar-se com a existencia do outro, seja o que ele for, mas tal como ele é.
            O que nos separa dele, esse outro tão distante, é o EU, que só sabe AMAR A SI (egoísmo) ou PARA SI (concupiscência). Já diziam os antigos que “Caridade bem ordenada para nós é começada”, mas costuma-se tomar o dito ao inverso de seu sentido.

E, finalmente, a caridade só começa, existe e tem sentido real e efetivo, quando cessamos de nos preferir.

Fonte: http://estrelaverde.org/web/2016/05/24/caridade/
Tempo da Estrela Verde